segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
domingo, 29 de janeiro de 2012
sábado, 21 de janeiro de 2012
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
A Caixa de Fumaça
Sentado em um lugar cheio de pessoas indo e voltando, estou esperando uma peça de teatro. Algumas pessoas estão conversando, outras estão sozinhas lendo alguma coisa, enquanto há crianças correndo. Então, vejo que faltava um tempo para a peça, então fui tentar conseguir alguma informação do lugar que seria o espetáculo.
Me levanto, e caminho até um funcionário.
“-Por favor, onde é o espaço cênico?”
Era um homem não muito alto, mas bem rechonchudo. Ele diz como se não tivesse paciência:
“-Você vai até a área de lazer, perto da compra de ingressos. Então segue, você vai ver a Caixa de Fumaça, que faz parte da exposição. Então do lado tem um corredor. É no final dele.”
Agradeço, e me pergunto o que poderia ser essa caixa de fumaça. Então, entro no mesmo lugar em que estava sentado, junto com as pessoas lendo, e as crianças correndo.
Quando levanto o rosto, vejo um enorme cubo branco, mais ou menos do tamanho de uma casa normal. Curioso, entro para ver o que é.
Quando entro, tenho certeza que é a tal caixa de fumaça, pois era um espaço que estava um pouco esfumaçado, com com duas portas para as pessoas entrarem e sairem.
Quando atravesso uma das portas, tenho a certeza absoluta que está é a tal caixa de fumaça.
Tudo que eu consigo ver é um branco. Um branco mais que infinito. Uma neblina tao densa, que a unica coisa que eu conseguia ver era o meu próprio corpo, e a parede do cubo. Era como se tivessem me jogado no nada, ou se o mundo ao redor de mim fosse um papel em branco.
No mesmo segundo, percebi a ironia que estavam tentando retratar naquela exposição, e eu sinto ela na pele.
Não tive a coragem de ir para o meio do cubo, e me arrependo disso.
Quando andava, ouvia algumas vozes, de pessoas rindo, que deviam estar sentindo o mesmo que eu.
Então, eu só conseguia ver um pouco delas a um metro de distância de mim.
Fui até o final, e voltei. A minha visão ficou mais prejudicada. Tinha momentos que a neblina ficava mais densa que eu pensava que poderia. Então eu olho no canto da parede, e vejo um equipamento com a tal fumaça saindo.
Andando mais, consigo ver uma silhueta de uma porta, e saio.
Quando eu andava por aquelas pessoas que estavam fora da caixa, na sala de leitura, fiquei com um sorriso quase automático, impossível de tirá-lo do rosto. A razão do sorriso, foi por que eu nunca tinha me sentido tão vulnerável, tão perdido na minha vida inteira.
Então me sento, e continuo a esperar a minha peça.
sábado, 7 de janeiro de 2012
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
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